domingo, 21 de outubro de 2012

DOIS CORPOS, DUAS ALMAS NUM SÓ DEUS
















Alguns anos à solta
Até aqui chegares.

Sem medo seguiste o teu caminho,
E a água do teu moinho
O faz girar, sem parar,
Como a flauta de ar a assobiar.

As línguas sabes muitas,
Mas a tua alma é lusitana.
O teu fado é universal,
E a tua música é transversal.

És um cidadão do mundo,
Um músico a fundo,
Pois, não perdes um segundo.
A vida toda por inteiro
Num amor verdadeiro.

Ela, nórdica, ele, latino, anastomose que dura,
A música, a ponte entre ambos.
Clave de sol o inicio da partitura,
Composição incompleta, nos tempos,
Duma viagem com propósito.

As notas, todas ao vosso dispor,
Para melodias compor.
Uma peça musical, de vocação,
Elevando o coração.
Assim verão nascer e crescer
A vossa semente em flor, sem esmorecer.

És um viajante eterno,
Mas agora, é certo,
Um navio, que chegou ao seu porto.

Duas famílias nesta hora unidas,
Num amor divino a Deus,
Uma verdade partilhada
Neste enlace presenciado.

Os nossos corações anseiam
Uma vida longa de comunhão,
Dois corpos de vontades meias,
Tornam-se duas almas cheias.

Resta-nos em uníssono declarar:
Rodeiem-se de música, amor e carinho sem parar
O vosso amor é para continuar.


Juan Perez Gonzalez

19 de Julho de 2012,

Vila Nova de Gaia

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