quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Palavra



 

Três da tarde,

Dia de chuva,

Fora preciso a trovoada chegar

Para acordar a

Palavra

Que julgava

Morta,

Esqueceste-te de ser útil?

Palavra,

Para que serves

Então,

Se nem usada podes ser,

Julgava-te livre

Do teu dono,

Essa vítima

Da resina

Do inconsciente

Que lhe colou a mente e travou

A língua.
 
 
 
 
Juan Pérez González,
 
Vila Nova de Gaia
 
23 de Janeiro de 2013

Sem comentários:

Enviar um comentário