Branco é a soma te
todas as cores
Que blindam o meu
coração por agora rubro,
Enquanto as minhas
lágrimas traduzem
As palavras que
secam durante esta luta infernal.
Procuro-te com todos
os sentidos,
Que me orientam no
escuro deste tempo
Que murcha os corpos
esbatidos por mais
Uma convulsão de pó
nas entre linhas.
Este é o preço a
pagar pela verdade escondida
Dos silêncios
interiores, que se rebatem
Num vinco profundo
desta alma dentro da gaiola
De vidro, que me
ilude numa fantasia de outros vazios,
Quase moribundos.
E descarto mais um
desejo de última hora,
Urgente, desta
consciência cansada de outras
Lutas. Um desejo de
fé num mundo melhor,
Um desejo de
acreditar em pelo menos mais uma
Hora de um Deus
maior que o meu universo
De carne e sangue e
máscaras bonitas.
Só mais tarde, me
entregarei, resoluto, sábio,
Consciente de que
não caminharei mais sozinho,
Partilhando a ajuda
da minha mão e da tua, e das vossas.
Filipe Cunha,
29 de Maio de 2013