quarta-feira, 29 de maio de 2013

Branco é a soma de todas as cores


 
 
 
Branco é a soma te todas as cores

Que blindam o meu coração por agora rubro,

Enquanto as minhas lágrimas traduzem

As palavras que secam durante esta luta infernal.

 

Procuro-te com todos os sentidos,

Que me orientam no escuro deste tempo

Que murcha os corpos esbatidos por mais

Uma convulsão de pó nas entre linhas.

 

Este é o preço a pagar pela verdade escondida

Dos silêncios interiores, que se rebatem

Num vinco profundo desta alma dentro da gaiola

De vidro, que me ilude numa fantasia de outros vazios,

Quase moribundos.

 

E descarto mais um desejo de última hora,

Urgente, desta consciência cansada de outras

Lutas. Um desejo de fé num mundo melhor,

Um desejo de acreditar em pelo menos mais uma

Hora de um Deus maior que o meu universo

De carne e sangue e máscaras bonitas.

 

Só mais tarde, me entregarei, resoluto, sábio,

Consciente de que não caminharei mais sozinho,

Partilhando a ajuda da minha mão e da tua, e das vossas.
 
 
Filipe Cunha,
 
29 de Maio de 2013

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