sábado, 15 de dezembro de 2012

VERDADE ININTELIGÍVEL










Sete palavras por segundo
À tona duma mente inquieta,
Sôfrega dos desejos, repleta de ilusão,
Desta viagem profana,
Em contra relógio individual.

Uma vida apenas, mais um
Festim para os abutres,
Predadores lutando por um naco de carne
Putrefacta, abandonada à margem do carril
Do comboio de mercadorias.

Assim me sento neste sofá coçado e revejo,
Os meus trinta e tal anos a revolver o frágil
Labirinto da minha existência,
Perdido entre ramos de figueiras,
Lambidos a beijos de Judas Iscariotes,
Caçando verdades,
Que no final de contas são meras questões
De retórica com respostas inverosímeis.

Juan Pérez González,
Porto,
15 De Dezembro de 2012

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